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jacotei

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Exército, na maioria dos países, consiste na componente terrestre das suas forças armadas, sendo a aérea conhecida normalmente por força aérea e a naval por marinha. No entanto, em alguns países (Espanha e França, por exemplo) também são denominadas "Exército" as forças aéreas e mesmo as navais. Neste caso a componente terrestre é chamada exército-de-Terra, a aérea, exército-do-Ar e a naval, exército-do-Mar.

As forças militares no Brasil e em Portugal são denominadas Exército, Marinha e Força Aérea (Aeronáutica no Brasil).

Como fração, exército também pode referir-se a uma grande unidade militar, sob comando de um oficial general.

No passado, o exército também era designado pelo termo "armada", vindo do Latim "armata" (dotado de armas). Etimologicamente, vêm do termo armata as designações correspondentes a "exército" em algumas línguas, como a inglesa (Army) ou a francesa (Armée). Em outras línguas, termos com origem em armata são usados para designar o exército apenas como fração - usando-se outro termo para designar a totalidade das forças terrestre de um país, como na língua italiana (armata por oposição a esercito) e língua alemã (Armee por oposição a Heer). Hoje em dia, na língua portuguesa, o termo "armada", praticamente, só é utilizado no sentido de força naval.

Organização

Os exércitos possuem, normalmente, uma organização horizontal por especialidades denominadas "armas" e "serviços", e uma organização vertical por unidades de diversos escalões.

Armas e serviços

Normalmente os exércitos englobam especialidades denominadas "armas" se são combatentes, e "serviços" se são de apoio logístico.

Conforme a sua função, os militares e as unidades dos exércitos são englobadas numa dessas armas ou serviços. Normalmente, as armas e serviços são os seguintes:

  • Cavalaria - arma que, antigamente, utilizava cavalos para operações de combate ou reconhecimento. No século XX passou a utilizar, para esses fins, meios blindados, alterando a sua denominação, nalguns países, para Arma Blindada;
  • Infantaria - arma especializada em combate apeado. Atualmente pode utilizar viaturas blindadas de transporte;
  • Artilharia - arma especializada na operação de armas pesadas;
  • Engenharia - arma especializada na construção e destruição de obstáculos, fortificações e vias de comunicação e na criação de tecnologia de guerra.
  • Comunicações - arma ou serviço responsável pelos meios de comunicações, informática, comando e controlo. Chamada Transmissões no Exército Português;
  • Intendência - serviço responsável pela alimentação, vestuário e combustíveis. Chamado Administração Militar no Exército Português;
  • Saúde - serviço responsável pela garantia da saúde das tropas;
  • Material - serviço responsável pela manutenção e conservação do armamento, veículos e outros equipamentos. Chamado Material Bélico no Exército Brasileiro;
  • Transportes - serviço responsável pelo transporte estratégico de tropas e abastecimentos;
  • Aviação ligeira - arma ou serviço especializado no emprego de helicópteros e aviões ligeiros em apoio directo às tropas terrestres;
  • Defesa Anti-Aérea - arma responsável pela operação de armas e meios de detecção antiaéreos;
  • Informações - serviço responsável pela recolha de informações táticas. Chamado Inteligência em alguns países;
  • Secretariado - serviço responsável pelos serviços administrativos;
  • Serviço de Assistência Religiosa - serviço responsável pelo apoio espiritual e religioso das tropas;
  • Assuntos Civis - serviço responsável pela relação com as autoridades civis e pela administração de territórios ocupados;
  • Polícia do Exército - serviço responsável pela manutenção da ordem interna militar e pela segurança de instalações;
  • Defesa Nuclear, Química e Biológica - serviço responsável pela protecção contra armas de destruição em massa.

Unidades

Em termos de organização vertical os exércitos englobam unidades de vários escalões. As unidades especializadas numa única arma ou serviço são conhecidas por "pequenas unidades". As unidades de escalão superior que englobam várias pequenas unidades de armas e serviços diferentes são chamadas "grandes unidades", sendo normalmente comandadas por oficiais generais.

Tradicionalmente, em ordem crescente, os diversos escalões das unidades do Exército são os seguintes:

  • Esquadra - unidade básica comandada por um cabo, composta por quatro a oito elementos. Em alguns tipos de unidades é chamada Equipa.
  • Secção / seção - fração comandada por um sargento, composta por duas ou três esquadras. Em algumas unidades do Exército Brasileiro é chamado Grupo de Combate.
  • Pelotão - a menor unidade de comando de oficial (normalmente alferes ou tenente), composta por duas ou três secções (seções). Em algumas unidades do Exército Português é chamado Grupo de Combate.
  • Companhia - unidade sob comando de um capitão, constituída por diversos pelotões. Tradicionalmente, na cavalaria é chamada esquadrão e na artilharia bateria.
  • Batalhão - a menor unidade comandada por um oficial superior (normalmente major ou tenente-coronel), composta por diversas companhias. Em algumas armas e serviços adopta a designação de grupo ou regimento.
  • Regimento - tradicionalmente a maior pequena unidade existente, comandada por um coronel e incorporando vários batalhões. Até ao séc. XVIII, no Exército Português, este escalão era denominado terço. Actualmente, na maioria dos ]]exércitos deixou de ser uma unidade operacional, mantendo-se apenas em alguns como unidade administrativa. Com a extinção deste escalão, alguns exércitos, por motivos de tradição, passaram a chamar regimento às unidades de escalão batalhão de algumas armas, como é o caso da cavalaria no exército brasileiro.
  • Brigada - tradicionalmente, a menor grande unidade sob comando de um oficial general. Antigamente, era composta por vários regimentos, mas actualmente as suas subunidades maiores são de escalão batalhão.
  • Divisão - agrupamento de várias brigadas, mais unidades de apoio divisionário, totalizando entre 10.000 e 25.000 efectivos.
  • Corpo de Exército - agrupamento de várias divisões, mais unidades de apoio de corpo de Exército, com um efectivo entre 20.000 e 80.000 militares.
  • Exército - agrupamento de vários corpos de Exército, com mais de 200.000 efectivos. Antigamente, era a denominação genérica de uma grande unidade em operações, sob o comando de um oficial general. No Brasil era denominado Exército um comando territorial agrupando várias regiões militares.
  • Grupo de exércitos - agrupamento de vários exércitos, com mais de 700.000 militares.

Muitas vezes são constituídas unidades provisórias de escalão variável que são conhecidas por destacamentos, agrupamentos (grupamentos), forças, etc.

Pessoal do Exército

O pessoal dos exércitos, de acordo com o seu nível de formação e o grau do comando exercido, divide-se em três grandes escalões hierárquicos: oficiais, sargentos e praças. No Brasil, os sargentos são incluídos na classe das praças, sendo subdivididas em círculos hierárquicos dos sargentos e dos cabos e soldados. Por sua vez, os círculos hierárquicos dos oficiais dividem-se entre oficiais subalternos, intermediários, superiores e generais.

Oficiais

Actualmente, na maioria dos exércitos, os oficiais são os militares com formação superior com as maiores responsabilidades em termos de comando. Os oficiais especializam-se numa arma ou serviço, exercendo as suas funções nessa especialidade. O sub-escalão mais elevado (círculo) dos oficiais é o dos generais, que além da formação base na sua arma de origem, recebem uma formação em altos estudos militares que lhes permite exercer o comando de grandes unidades de todas as armas e serviços.

Os diversos graus hierárquicos de oficiais são os seguintes:

Oficiais Generais
  • Generalíssimo - título atribuído em alguns países aos chefes-de-estado, quando militares, ou aos comandantes-chefes do Exército.
  • Marechal-general - posto reservado ao comandante-chefe do Exército Português, durante o final do século XVIII e o início do XIX. Até 1762 foi chamado "capitão-general". Na monarquia constitucional tornou-se o posto privativo do Rei, na sua função de comandante supremo do Exército;
  • Marechal do Exército - dignidade honorífica atribuído a generais de grande destaque. No Brasil já foi uma patente e agora somente existe em casos de guerra com o título de marechal.
  • Coronel-general - posto existente apenas em alguns países, responsável pelo comando de um Exército ou grupo de exércitos. Noutros países dá-se o título de coronel-general aos oficiais generais que exercem o comando honorário de uma arma ou corpo militar (ex.: coronel-general da Cavalaria);
  • General ou General-de-Exército - Oficial General responsável pelo comando de uma grande unidade superior à Divisão. Antigamente era o comandante de uma arma específica (ex.: General de Infantaria). No Exército Português actualmente o posto de General está reservado ao Chefe do Estado-Maior do Exército e ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. No Brasil existem vários Generais-de-Exército que exercem diversos altos comandos;
  • Tenente-General ou General de Divisão - General responsável pelo comando de uma Divisão ou comando militar equivalente. Até ao séc. XVIII o posto denominava-se Mestre-de-Campo-General;
  • Major-General ou General de Brigada - General responsável pelo comando de uma Brigada. Até 1762, o posto chamava-se Sargento-Mor de Batalha. Entre 1762 e 1864, o posto chamou-se Marechal de Campo. Passou depois a chamar-se Major-General e posteriormente General de Brigada. Em Portugal, o posto foi extinto em 1911 e restaurado em 1937 com a denominação de Brigadeiro. Em 1999 passou novamente à designação de Major-General.
  • Brigadeiro-General ou Brigadeiro - posto intermédio entre o de Oficial General e Oficial Superior, antigamente responsável ao mesmo tempo pelo comando de uma Brigada e por um dos Regimentos seus componentes. Em Portugal, o posto foi extinto em 1863 e reintroduzido com as mesmas características no período de 1929 a 1937. Entre 1937 e 1999, utilizou-se o termo Brigadeiro para designar o General de Brigada. Neste país, Brigadeiro-General é, desde 1999, uma graduação temporária, atribuída a determinados Coroneis para exercerem certos comandos especiais. No Brasil este posto não existe actualmente.
Oficiais superiores
  • Coronel tirocinado - no Exército Português é a designação dos coronéis com o Curso Superior de Comando e Direcção, com todas as condições para promoção a oficial general. Em alguns, outros, exércitos existe o posto de coronel superior, com características equivalentes.
  • Coronel - o mais alto posto de oficial superior, tradicionalmente comandante de um regimento. Antigamente, era chamado mestre-de-campo.
  • Tenente-coronel - oficial superior que exerce as funções de 2º comandante (subcomandante) de um regimento ou de comandante de um batalhão independente. Até inícios do século XIX, nas ordenanças, o posto era chamado capitão-mor.
  • Major - 2º comandante (subcomandante) de um batalhão independente ou comandante de um batalhão integrado num regimento. Até inícios do século XIX, o posto era conhecido por sargento-mor.
Capitães (oficiais intermediários)
  • Capitão - tradicionalmente o comandante de um companhia, esquadrão ou bateria.
Oficiais subalternos
  • Tenente ou primeiro-tenente - comandante de um pelotão ou adjunto de uma companhia, esquadrão ou bateria;
  • Alferes ou segundo-tenente - o posto inicial de um oficial com a formação completa, responsável pelo comando de um pelotão.
Oficiais em Formação
  • Tenente aluno - em Portugal é a graduação dos alunos do último ano dos cursos da Academia Militar com a duração de sete anos;
  • Alferes aluno - em Portugal é a graduação dos alunos do 6º ano de cursos da Academia Militar com mais de cinco anos;
  • Aspirante a Oficial - militar com o curso superior completo, mas ainda em estágio numa unidade militar. Em alguns casos pode assumir o comando de um Pelotão. Em Portugal é a graduação dos alunos do 5º ano da Academia Militar;
  • Cadete - Aluno de uma escola superior militar (ex.: Academia Militar de Portugal ou Academia Militar das Agulhas Negras do Brasil). Antigamente era um jovem nobre que estagiava como Soldado num Regimento, para se tornar seu Oficial.

Sargentos

O escalão de sargentos corresponde a militares de carreira com uma formação mais avançada que as praças e que auxiliam os oficiais no exercício do seu comando. Na atualidade os sargentos assumem uma importância cada vez maior, exercendo o comando operacional de diversas unidades básicas. Os sargentos também são conhecidos por oficiais inferiores ou suboficiais.

Sargentos superiores
  • Subtenente ou Suboficial - designação da maior graduação da categoria de sargento em alguns países, entre os quais, o Brasil.
  • Sargento-mor - posto introduzido em 1976, em Portugal, como a maior graduação da categoria de sargento. Esta denominação foi utilizada, até início do século XIX, para designar o posto de Major;
  • Sargento-chefe - posto introduzido em 1976, em Portugal, como o de sargento mais graduado num batalhão. No Brasil esta graduação não existe.
  • Sargento-ajudante - até 1976, no Exército Português, era o sargento mais graduado de uma regimento ou batalhão, sendo responsável pelo seu secretariado e assuntos do pessoal. Ocasionalmente era chamado Sargento-brigada. Em 1976 passou a ser o posto mais elevado de sargento numa companhia. No Brasil esta graduação não existe, sendo, entretanto, a denominação do sargento auxiliar do oficial responsável pela Seção de Pessoal das unidades.
  • Sargento-quartel-mestre - durante o século XIX era um posto inferior ao de sargento-ajudante no Exército Português, responsável pela logística do regimento.
Sargentos subalternos
  • Primeiro-sargento - tradicionalmente o sargento superior de uma companhia. Em Portugal, actualmente é o sargento-de-pelotão, auxiliando o seu comandante no exercício do comando;
  • Segundo-sargento - em Portugal, a graduação mais básico de sargento profissional. No Brasil o sargento-superior do pelotão;
  • Furriel ou terceiro-sargento - em Portugal, a graduação de furriel corresponde aos sargentos não profissionais (militares voluntários, contratados, etc.). No Brasil, terceiro-sargento é o primeiro posto da categoria dos sargentos.
  • Sargento aluno - militar em formação em Escola de Formação de Sargentos com graduação equivalente ao cabo.

Praças

Os praças são o grupo de militares com a formação mais básica, com poucas ou nenhumas responsabilidades de comando, são essencialmente executantes. Os diversos postos são os seguintes:

  • Cabo - é o militar que comanda uma Esquadra ou grupo básico de soldados. Antigamente era chamado cabo-de-esquadra. Em Portugal, desde finais do séc. XIX é chamado de 1º cabo. No Brasil, em algumas especialidades militares, é chamado taifeiro-mor.
  • Anspeçada - tradicionalmente a primeira graduação a que um soldado pode ser promovido. Em Portugal, em meados do séc. XX passou a designar-se 2º cabo.
  • Soldado - o mais baixo posto de militar, com a formação completa. No Brasil, em algumas especialidades é chamado de Taifeiro.
  • recruta - a denominação de uma praça que ainda está a receber a formação militar.